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Tema deste ano definido pela Federação Internacional (Fits) e demais entidades da categoria relaciona proteção social com sustentabilidade ambiental

Promover a sustentabilidade da comunidade e do ambiente. Este é o tema do Dia Mundial de Serviço Social, celebrado nesse dia 21 de março. A data foi instituída pela Federação Internacional de Assistentes Sociais (Fits) em conjunto com demais entidades da categoria para ser celebrada toda terceira terça-feira de março de cada ano.

Segundo a entidade, a ideia de trabalhar com esta temática, que faz parte da Agenda Global, é fortalecer a relação entre o desenvolvimento social e sustentabilidade ambiental.  “Os quatro temas da Agenda Global estão interligados e todos são igualmente importantes. Não há como proteger as pessoas em perigo social, econômico e /ou político sem também olhar para o seu ambiente físico, natural e construído. É imperativo que reconheçamos que esses vínculos são inseparáveis ao trabalharmos em todos os níveis para enfrentar as injustiças globais, promovendo a sustentabilidade comunitária e ambiental” diz o site da entidade.

Para comemorar a data e, principalmente, dar visibilidade à profissão, a Fits tem o costume de publicar um vídeo com uma mensagem da entidade para os povos do mundo inteiro. Mas neste ano, a ação ficou também sob a responsabilidade das entidades parceiras que, em cada país, estão lançando vídeos em diferentes idiomas para falar sobre a profissão.

CFESS disponibiliza hoje sua mensagem, gravada pela vice-presidenta do CFESS e coordenadora da Comissão de Relações Internacionais, Esther Lemos.

Veja também a mensagem da presidenta da Fits, Ruth Stark, e de outras assistentes sociais representando entidades pelo mundo afora, como Silvana Martinez e Larry Alicea, representantes da Fits América Latina e Caribe (Fits-ALC), além da presidente da Associação Internacional de Escolas de Serviço Social (Aiets), Anna Maria Campanili.

Para Esther Lemos, as comemorações do Dia Mundial de Serviço Social trazem um importante momento de valorização da profissão e visibilidade de sua inserção nas particularidades nacionais. “Tem crescido o intercâmbio internacional entre assistentes sociais, tanto no âmbito da formação profissional e de investigações coletivas, quanto no âmbito da organização política da categoria. Nos espaços onde assistentes sociais do Brasil têm participado, observamos a ampliação do diálogo com as diferentes perspectivas teórico-metodológicas presentes”, explica Esther.

Ainda segundo ela, a participação da professora da UFRJ, Marilda Iamamoto, como conferencista no Congresso Mundial de Serviço Social em Melbourne (Austrália), em 2014, e de Silvana Martinez no Congresso Mundial em Seul (Coreia do Sul), em 2016, foram “importantes marcos das vozes latinoamericana e caribenha para o fortalecimento do projeto ético-político profissional que vimos construindo e defendendo ao longo das últimos anos”.

Tema já faz parte da agenda do Conjunto CFESS-CRESS

É preciso ressaltar que a temática trazida este ano pela Fits já foi alvo de debate do Conjunto CFESS-CRESS. Em 2012, o CFESS lançou um manifesto em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, pincelando a questão, mas com um olhar mais crítico. “Não há como acreditar na falácia do ‘capitalismo verde’. Sabemos que todas as vezes que nos colocarmos contra o latifúndio, a agroindústria, as madeireiras e os piratas estrangeiros que pilham a nossa biodiversidade, seremos duramente contra-atacadas pelo próprio Estado que, atuando prioritariamente a serviço do capital,  criminaliza  os  movimentos  sociais  com suas práticas de luta e de resistência”, diz trecho do documento.

Outro importante texto é a nota técnica que analisa o desenvolvimento sustentável e a chamada “Economia Verde”, no âmbito dos encontros Rio + 20 e Cúpula dos Povos de 2012. O objetivo do documento foi o de contribuir  com  o  debate  crítico sobre as concepções de desenvolvimento sustentável, de acordo coma deliberação 24 do Eixo  Seguridade  Social  do  41º  Encontro  Nacional  CFESS-CRESS, realizado em 2012 em Palmas (TO).

“Dissemina-se, assim, a ideia de que o problema central é controlar a produção capitalista, através da ‘preservação’ dos bens renováveis e não-renováveis da natureza, utilizando o argumento ideológico de ‘preservá-la’ para as gerações futuras. A efetivação desta supracitada proposta como alternativa de controle diante do desenvolvimento predatório do sistema do capital esbarra no principal fundamento desse sistema: a valorização da propriedade privada por meio do lucro e a perspectiva crescente de acumulação do capital – que impede qualquer tentativa de racionalizar e controlar o processo produtivo, para que todos saiam ganhando”, afirma a nota.

Congresso Iberoamericano de Serviço Social

Nos dias 19, 20 e 21 de outubro de 2017 ocorrerá, em Mérida (Espanha), o 1º Congresso Iberoamericano de Serviço Social.

Para a conselheira Esther, o evento será uma grande oportunidade para o intercâmbio profissional e fortalecimento da cooperação internacional entre assistentes sociais de língua portuguesa e espanhola. “Sua proposta nasceu no processo de construção da Rede Iberoamericana de Serviço Social, cuja articulação efetivou-se no Congresso Mundial de Serviço Social realizado em 2014, em Melbourne, momento do qual, juntamente com demais profissionais latino-americanos, o CFESS participou representando a categoria”, relata a conselheira.

A articulação internacional da categoria é fundamental no enfrentamento das contradições que se manifestam nas respectivas sociedades. “É ciente da necessidade de construção de estratégias comuns no enfrentamento das desigualdades sociais, inerentes à ordem capitalista, que convidamos à participação”, finaliza a coordenadora da Comissão de RI.

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