O evento, que aconteceu em Alta Floresta, contou com a participação de assistentes sociais, psicólogas e estudantes de Serviço Social
O Conselho Regional de Serviço Social 20ª Região (Cress/MT) participou no dia 22 de novembro do encontro sobre “Ética e sigilo profissional, limites e possibilidades na atuação do/a Assistente Social e do/a Psicólogo/a”, realizado pelo NUCRESS Portal da Amazônia e Núcleo Regional de Psicologia do Norte de Mato Grosso (NUPSI). O evento aconteceu no auditório do IFMT, em Alta Floresta, e contou com a participação de assistentes sociais, psicólogas e estudantes de Serviço Social.
O encontro teve o objetivo de promover o debate sobre o tema, o qual permeia o cotidiano de ambas as profissões, bem como de fortalecer as categorias profissionais envolvidas, oportunizando espaço para intercâmbio de experiências. O assunto no âmbito do Serviço Social foi trabalhado pela Conselheira e Coordenadora da Comissão de Orientação Profissional (COFI), Renata Teixeira e no âmbito da Psicologia pela psicóloga, Dayana Oliveira.
A coordenadora do NUCRESS, Laila Costa, enfatizou que é salutar e imprescindível abordar e debater esta temática junto aos profissionais diante de todos os desafios enfrentados nos espaços sócio-ocupacionais, para não deixar esvair o projeto ético-político da profissão e seu legado crítico. “O NUCRESS também considera de suma importância a participação de acadêmicos/as nestas discussões, de modo que possam apropriar das questões profissionais contribuindo assim para o processo de formação”, disse.
Segundo a Conselheira do Cress/MT, Renata Teixeira, esta temática vem sendo posta para a profissão como um debate necessário frente ao contexto atual marcado pela degradação das condições de vida e trabalho da classe trabalhadora, pelo aprofundamento das expressões da questão social, pela perda dos direitos e pelo conservadorismo. “É necessário aprofundar os debates sobre ética e sigilo profissional, em tempo de precarização do trabalho, no intuito de qualificar a atuação profissional de assistentes sociais, pautada nos princípios ético-políticos da profissão”, aponta a conselheira.
Nesta direção, o evento permitiu refletir sobre aspectos que geram dilemas éticos sobre o sigilo, como a atuação junto à equipe multiprofissional ou interdisciplinar, o registro profissional e o uso de prontuários seja físico ou eletrônico, as condições ética e técnicas do ambiente de trabalho, entre outros.
Sobre o sigilo profissional é importante enfatizar que se trata de um direito e um dever do/a assistente social e, sobretudo, um direito do/a usuário/a. Portanto, deve ser compreendido como um compromisso ético-político da categoria profissional com os/as usuários/as, no fito de garantir a sua proteção e a preservação da sua privacidade e intimidade.
Assessoria de Imprensa Cress/MT – ÍconePress